segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Porquê Sócrates? Porquê Maria de Lurdes Rodrigues? Porquê?

Direciono o meu blogue para a partilha de ideias e ferramentas para os professores, mas hoje, trago um post diferente! Um post que sai do âmbito do meu blogue, por isso não me irei alongar muito!

Este post, é um desabafo público sobre o tempo de governação de Sócrates, juntamente com a Maria de Lurdes Rodrigues.

Num artigo de Luís Moura que vi no profblog e que podem consultar aqui na íntegra, em que abordava os diferentes governos, no de Sócrates a determinada altura diz isto:

“Com olho clínico, logo identificou os professores deste país como o grupo profissional mais indefeso, tratou de os vilipendiar e de lançar a opinião pública contra eles acusando-os de serem privilegiados. Falemos dos licenciados deste país ligados ao Estado, às empresas públicas e à função pública. Então os quadros técnicos superiores, os médicos, os magistrados, os oficiais das forças armadas e de segurança, os gestores, os políticos... não são privilegiados? Mestre da propaganda, o engenheiro(?) mostrou a sua coragem e determinação, com a ajuda de acólitos da craveira de Maria de Lurdes Rodrigues que, diga-se de passagem, percebe tanto de ensino básico e secundário como os sindicatos e Nuno Crato parecem perceber de avaliação de professores, isto é, nada, e mobilizando todos os meios ao seu alcance numa guerra contra estes, lançaram a inveja social sobre toda uma classe e congelaram os seus vencimentos, frustrando as suas expetativas de progressão. Teve o apoio entusiástico, entre outros, de figuras e comentadores da comunicação social (Fátima Campos Ferreira, Camilo Lourenço, João Marcelino, Miguel Sousa Tavares e outros) e de alguns políticos fora do PS (Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite). Entretanto, com o dinheiro assim poupado (muitos milhões de euros), atulharam as escolas com dezenas de milhar de computadores, milhares e milhares de quadros interactivos e projectores de vídeo, muitos dos quais nunca foram usados e alguns sequer instalados até hoje. Em boa verdade, em muitos casos, o último grito da tecnologia não passa de tralha que vai acabar na sucata sem nunca ter sido usada. Em muitíssimos casos o acesso à internet não funciona ou funciona mal e a manutenção é feita por ‘professores carolas’, à borla, que deviam ser bem pagos, como são os técnicos das empresas que desempenham tal tarefa. Serão ‘carolas’ parvos, mas continuam com fama de privilegiados. Como as TIC estão na moda e o dinheiro abunda, onde é que se havia de continuar a esbanjá-lo? Nos e-escolas e nos e-escolinhas, vulgo Magalhães. Imagine-se os negócios com as empresas do ramo. E ainda persistem políticos e comentadores que continuam a admirar e a elogiar os incompetentes responsáveis por estas políticas e insistem em espezinhar e invejar a classe docente. Se há, e haverá, professores incompetentes que não merecem o que ganham que se investigue, se apure quem são e se actue em conformidade. Mas a grande maioria é competente, empenhada, luta arduamente pela vida e não merece os ultrajes vergonhosos a que tem sido sujeita desde 2005. Deixem os professores em paz.”

Este foi o meu sentimento, enquanto professor na era de Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues! E sabem que mais? Cada vez passamos mais tempo na escola. Como dizia um colega de profissão “Só nós e os nossos familiares é que sabem o quanto trabalha um professor”. Por muitas, mas também por esta jamais perdoarei a Sócrates!

Porquê nós? Somos assim tão baldas????

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